Rede de Arrojamentos do Algarve
O projeto RAAlg (Rede de Arrojamentos do Algarve), surge da iniciativa de reativar a rede de arrojamentos do Algarve, inativa desde 2017, de forma a preencher uma lacuna existente nesta zona de costa quanto a recolha de informação sistemática de arrojamentos mortos de cetáceos e tartarugas marinhas.
A Rede Nacional de Arrojamentos é coordenada pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF). No entanto, regionalmente pretende-se dar uma resposta mais rápida à ocorrência de arrojamentos e por isso urge, o quanto possível, a criação de redes locais sub-coordenadas por outras entidades, entre Organizações Não-Governamentais e universidades. Nesse sentido, foi criada a Rede de Arrojamentos do Algarve (RAAlg) que integra uma equipa técnica de biólogos do CCMAR e Universidade do Algarve, disponível 24 horas durante sete dias por semana.
Esta equipa é credenciada e formada para responder a alertas de arrojamentos de cetáceos e tartarugas marinhas mortos, abrangendo a costa algarvia na extensão de linha litoral compreendida entre Odeceixe e Vila Real de Santo António. Todos os animais arrojados são considerados para recolha sistemática de informação para a determinação de padrões de ocorrência e avaliação de causas de morte. A realização de necrópsias a animais frescos está também contemplada para a obtenção de amostras para vários estudos. As deslocações estão a ser feitas com a colaboração dos Vigilantes da Natureza do Parque Natural da Ria Formosa (ICNF), entidade que também disponibilizou laboratórios nas suas instalações na Quinta de Marim, em Olhão, para a realização de trabalhos afectos.
A equipa
A RAAlg é composta por uma pequena equipa de biólogos marinhos empenhados em reunir um máximo de informação disponível em cada arrojamento morto, registado na costa Algarvia. O sucesso da nossa missão depende grandemente da cooperação/articulação com entidades publicas e privadas, assim como do apoio de cada cidadão que registe alertas.



Mestre em Biologia Marinha com especialização em Aquacultura e Pescas, pela Universidade do Algarve. Desenvolveu trabalhos baseados na avaliação de impactes ambientais, no comportamento animal e na comunicação da ciência. A biodiversidade, a conservação e o bem-estar animal são uma constante no seu percurso profissional.
Mestre em Biologia Marinha na Universidade de Algarve onde desenvolveu estudos sobre relações entre algas e plantas marinhas. Trabalhou num centro de reabilitação de focas nos Países Baixos surgindo interesse por pinípedes, cetáceos e também tartarugas marinhas.

Doutorada em Biologia Marinha e Pescas, é uma investigadora Pós-Doc do CCMAR e Universidade do Algarve. É especialista em biologia pesqueira, particularmente na pescaria de cerco. Há 10 anos que também se dedica a avaliar interações de espécies marinhas protegidas (cetáceos, tartarugas e aves marinhas) com pescarias portuguesas, determinar causas de morte de animais arrojados e a promover trabalhos de mitigação em pescas.

Com formação académica em Biologia Marinha, sendo Mestre em Aquacultura e Pescas pela Universidade do Algarve. Desenvolve trabalho em diversas áreas da pesca, como é a gestão, gestão participativa, socio-economia, ecologia, biodiversidade e conservação em torno da pesca recreativa e artesanal.
A interacção sustentável pesca/cetáceos é uma sensível temática com qual entra presentemente em contacto.